Relembrando: Thomas Malthus foi um economista, estatístico, demógrafo e estudioso das Ciências Sociais que, em meados do século XIX, demonstrou aquilo que hoje muitos chamariam de uma "insustentabilidade".
Preconizou (equivocadamente, ao menos em minha opinião) a miséria que a raça humana viveria num futuro breve (àquela época), devido à natureza, que havia constatado, de crescimento geométrico da população e aritimético da produção de alimentos.
Para evitar a catástrofe prevista, defendeu o retardamento do casamento, um árduo controle de natalidade, etc.
Mas por que menciono isto?
Cada vez mais preenchem os jornais as matérias que sinalizam a catástrofe que ocorrerá no mundo devido ao consumo exponencial.
Inclusive a ONU divulgou outro dia que em poucas décadas precisaríamos de dois planetas para "bancar" nosso consumo!
A prevista falta de alimentos e o fim por excesso de consumo me parecem ter muitos pontos em comum.
Em ambos os casos usa-se uma perspectiva matemática, desconsiderando-se uma série de variáveis!
Por que temos alimentos até hoje se a População não parou de crescer? Porque diversas tecnologias foram agregadas à produção de alimentos!
E alguém considera o nosso consumo de forma qualitativa ao analizá-lo? O que consumiremos daqui a trinta anos será não-renovável? A energia que produziremos será tão ineficiente? Precisaremos de matérias primas esgotadas? O que consumimos de fato estraga a Terra ou só vai faltar? E, por fim, digo que ainda tenho dúvidades sobre como o Efeito Estufa vai afetar a minha vida (observe que digo a minha, e não a de pinguins).
De fato, não sei se a ONU está correta nas previsões que faz, nem mesmo se Malthus, de repente, ainda não estará certo algum dia, mas sei que catástrofes vendem bastante, e por isso sempre desconfio de quem as anuncia.
Soneto n° 13
Há 2 anos